O Esquizoide

Como tudo começa no útero, esse primeiro momento forma o nosso primeiro traço de caráter: o caráter esquizoide.

O que acontece quando um bebê está no útero da sua mãe?

Ele não entende o mundo do lado de fora… ele não sabe que esse mundo que a gente conhece existe… tudo que ele percebe de forma sensorial é o útero.

O mundo daquela criança é o útero.

O sistema nervoso dela já interage com esse mundo e muitas vezes acontece algo do lado de fora no universo da mãe que afeta e interfere na estrutura desse mundo.

Imagine uma mulher grávida cujo marido perde o emprego de uma hora para outra.

Essa mãe vai ficar super preocupada com o futuro, se vai ter condições de criar o bebê, se vai conseguir trabalhar enquanto ele ainda estiver muito novinho… enfim, várias preocupações passarão na cabeça dessa mãe.

O bebê vai sentir tudo ali dentro do útero. Ele vai sentir, mas não vai entender.

Talvez você esteja se perguntando: “Mas como é que ele sente e como isso tudo afeta a formação da mente e do corpo dele?”

Ele sente porque toda vez que o estado emocional da mãe se altera, o estado fisiológico e físico da mãe se alterar também.

Nessa hora, o útero muda. O mundo daquela criança muda também.

Veja: quando está tudo bem, o corpo da mãe manda uma determinada quantidade de sangue para alimentar aquele útero.

No momento em que a mãe passa por algum estresse emocional, o estado fisiológico dela muda e o útero começa a receber menos sangue.

Então, o útero que estava quente, dilatado e confortável, fica duro, frio e desconfortável.

Se a mãe estiver bem, o útero recebe o fluxo sanguíneo normal e fica confortável. Se a mãe não estiver bem, o útero fica desconfortável — muito desconfortável.

E aí a pergunta é: o que bebê tem a ver com o que está acontecendo do lado de fora na barriga da mãe?

Nada.

Mas o bebê se sente rejeitado pelo útero, porque toda vez que ele tenta existir, toda vez que ele se mexe, a mãe “se lembra” de que está grávida e suas preocupações vêm à tona.

Resultado? O “mundo” fica ruim para o bebê.

Ele não sabe de nada além disso.

A única coisa que ele sabe é que quando ele se mexe, ou seja, quando ele existe, o mundo dele está desconfortável.

E aí vem a dor que molda os traços de caráter esquizoide: a dor da rejeição.

Aqui é importante ficar claro que não estamos avaliando ou julgando a intenção da mãe.

Não foi a mãe que rejeitou o bebê.

O sistema nervoso daquele bebê se sentiu rejeitado pelo mundo — que naquele momento para ele era o útero materno.

Todos os traços de caráter são formados por dor e não podemos colocar peso nenhum nas outras pessoas, até porque a dor que molda os traços de caráter também dá os recursos e as habilidades que fazem a diferença para cada um.

Essa é a parte mais bonita do Corpo Explica: a nossa abordagem é muito voltada para o recurso.

Quando as pessoas descobrem seus superpoderes, elas reconhecem suas dores: elas perdoam o mundo, os outros e elas se permitem realizar.

É muito fácil você entender o recurso do esquizoide.

Se coloque no lugar de um bebê que está dentro do útero se sentindo rejeitado pelo mundo.

O que ele pode realmente fazer?

Ele não pode correr, não pode chorar, não tem com quem contar, não consegue chamar ninguém…

Qual é a única coisa que ele pode fazer?

Desligar-se daquele mundo.

E é exatamente isso que ele faz.

É importante você lembrar em que momento está a mielinização: ela está toda no cérebro.

Então, onde é que o sistema nervoso já se ramificou, já se mielinizou e já tem sinapses acontecendo entre os neurônios?

No cérebro, porque da nuca para baixo só existe um fio de cobre.

A capa que controla essa energia ainda não desceu: a mielinização ainda está no cérebro.

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O esquizoide tem o corpo esticado, com articulações presentes e a cabeça maior

O corpo vai concentrar toda energia na cabeça, no cérebro.

É aí que a mente do caráter esquizoide vai ganhar seu principal recurso: a capacidade de imaginar, de criar e de racionalizar.

Os esquizoides são pessoas extremamente racionais, criativas e imaginativas

Eles criam um mundo paralelo dentro das suas cabeças.

É bonito ver a forma do esquizoide funcionar, como ele literalmente cria na cabeça um plano inconsciente para sobreviver.

Ele sente que, quando ele “existe”, o mundo o rejeita, só que ele não tem controle sobre o corpo ainda.

Então, se ele deixar a energia descer da cabeça para o corpo, ele vai ter espasmo, ele vai se mexer, vai chutar a barriga da mãe, que vai lembrar que está grávida, que vai se preocupar com o momento que está vivendo e mandar menos sangue para o útero, que é o mundo do esquizoide.

Por isso, ele consome praticamente toda a energia de seu corpo apenas com a cabeça.

Isso dá ao esquizoide um corpo que consome pouca energia do pescoço para baixo.

Imagine uma pessoa magra, com corpo bem esticado, com as articulações bem presentes e com a cabeça grande. Esse é o formato que o corpo do esquizoide ganha.

O sistema nervoso dele entende que, para sobreviver no mundo, precisa manter a energia na cabeça e mandar pouca energia para o resto do corpo.

Os esquizoides geralmente são magros, sempre tem aspecto de um corpo mais alongado, cheio de pontas e tem um olhar desfocado, desconectado da realidade.

Geralmente eles usam óculos.

Esse é o formato visível dessa mente: o corpo.

O formato invisível dessa mente é o de uma pessoa que tem medo de ser rejeitada, fala pouco e não gosta de incomodar.

Ela prefere não existir, é extremamente racional e não gosta de muito contato, de toque.

Essa pessoa sempre vai dar mais valor pra mente do que para o corpo. É o nerd que, se deixar, não troca nem de roupa: para ele, o corpo serve só para segurar a cabeça.